O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antônio Patriota, visitou Portugal entre os dias 10 e 11 de abril, para tratar de diversos assuntos: as relações bilaterais; os acordos entre os blocos comerciais da Europa e da América do Sul; a cooperação educacional, científica e de inovação; e as relações com a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Antônio Patriota encontrou-se em Lisboa com o primeiro-ministro da República Portuguesa, Pedro Passos Coelho; com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, e com o secretário-executivo da CPLP, o diplomata Murade Murargy.
No Palácio das Necessidades – sede do ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal –, um dos assuntos abordados pelos ministros Antônio Patriota e Paulo Portas foi o Plano de Ação de Brasília para a Promoção, a Difusão e a Projeção da Língua Portuguesa e a implementação do Acordo Ortográfico – este assinado em Lisboa em 1990.
A obrigatoriedade de uso das novas regras de escrita da Língua Portuguesa entrará em vigor em Portugal em maio de 2015 e no Brasil em janeiro de 2016.
Abaixo, a reportagem da Agência Lusa sobre as políticas da Língua Portuguesa abordadas pelos chefes da diplomacia de Portugal e do Brasil.
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–– Aplicação do Acordo Ortográfico tem diferença de
seis meses entre Brasil e Portugal ––
seis meses entre Brasil e Portugal ––
Da Agência Lusa
15 de abril de 2013
15 de abril de 2013
O chefe da diplomacia portuguesa disse que o prazo para a aplicação plena do Acordo Ortográfico “tem uma diferença de seis meses” entre Brasil e Portugal e sublinhou a importância da afirmação das culturas em um mundo globalizado.
“O prazo de plena implementação para o Acordo tem uma diferença de seis meses entre o Brasil e Portugal. Mas – refiro – plena aplicação. Nessa matéria, seguimos muito o que foi feito no chamado Acordo de Brasília. Haverá um encontro internacional da Língua Portuguesa ainda este ano”, referiu Paulo Portas durante uma conferência de imprensa conjunta no Palácio das Necessidades com o seu homólogo brasileiro, Antônio Patriota, em visita oficial.
“Em globalização, não são apenas as economias que competem: também são as culturas que na sua diversidade se afirmam”, sustentou, ao responder às perguntas dos jornalistas.
Portas frisou que o português, falado “pelo mundo fora”, é uma Língua “que pode triunfar na globalização” e ajudar a fomentar a diversidade dos países do espaço lusófono.
“Para a afirmação internacional dos países que falam a Língua Portuguesa, é essencial a internacionalização e institucionalização do uso da Língua Portuguesa. Isso é uma estratégia que só pode ser comum”, insistiu.
Em sintonia de posições com o seu homólogo de Brasília, e após terem anunciado o reforço da cooperação bilateral, com destaque para a área da educação, Portas disse que os dois países também têm a função de “ajudar um mundo lusófono cada vez maior” através de uma “energia institucional a favor do uso internacional do português, que é inteiramente merecido. Para isso, tem de ser feito com todos os países que falam português, começando pelo Brasil”, salientou. :::
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–– Extraído da Agência Lusa ––
–– Extraído da Agência Lusa ––
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• O Acordo Ortográfico para integrar o mundo de Língua Portuguesa – 23 de dezembro de 2012
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